domingo, 25 de novembro de 2012

StreetArt,BusinessArt


Mr. Brainwash, muitas vezes estilizado como MBW, é o apelido de Paris nascido, baseado em Los Angeles cineasta e artista de rua Thierry Guetta. De acordo com o filme Exit Banksy-dirigida Through the Gift Shop, Guetta começou como um proprietário de uma loja de roupas e cinegrafista que filmou artistas de rua através da década de 2000 e evoluiu para um artista em seu próprio direito depois de uma sugestão off-mão da Banksy. Guetta foi introduzido pela primeira vez a arte de rua por seu primo, o artista de rua Invader.
Guetta normalmente não tem muito envolvimento físico na construção da obra de arte atribuídas a ele, ele passa idéias para sua equipe de criação, a maioria designers gráficos que realizam as peças acabadas. Como seu Banksy associado, Guetta emprega famosas imagens artísticas e históricas, muitas das quais são de direitos autorais, e altera os originais, às vezes leves, às vezes maneiras significativas. Um número de críticos observaram que seu trabalha fortemente imitar os estilos e conceitos de Banksy, e especularam que Guetta é uma brincadeira elaborada encenado por Banksy, que pode ter criado as obras a si mesmo. Banksy insiste em seu site oficial, no entanto, que Exit Through the Gift Shop é autêntico e que Guetta não faz parte de uma brincadeira.
Seu trabalho foi vendido por cinco dígitos somas em sua vida exposição auto-financiado estréia é bonito devido, acredita-se que, para uma mistura de um mais aquecida e sensacionalistas rua mercado de arte e, de acordo com Banksy e Fairey como visto em Exit Through the Gift loja, seu mau uso de endossos de Banksy e Fairey. A exposição foi realizada em Los Angeles, Califórnia, em 18 de junho de 2008 e foi um sucesso popular e crítica.Em 2009, Madonna paga Guetta para projetar a arte da capa de seu álbum de Celebration da Madonna.


Mr Brainwash fez sua estréia no leilão principal em 14 de maio de 2010, na Phillips de Pury & Venda de Arte Contemporânea da Empresa: Parte II. A peça, uma tela grande, foi dada uma estimativa pré-leilão de US $ 50.000 - 70.000. A peça contou com um Charlie Chaplin personagem com lata de tinta e rolo na mão. O pano de fundo do trabalho foi adornado com Madonna a artista ea imagem do Coração, situado em um ambiente urbano / street.
A queda de Londres 2010, Phillips de Pury & Company Venda de Arte Contemporânea marcaram presença segunda do artista em leilão, desta vez representado por duas obras únicas. As duas peças que variam em tamanho, foram descritas como spray acrílico e colagem, pintura e papel metálico sobre tela. A menor das duas medidas peças 106,7 x 106,7 centímetros (42 x 42 polegadas) e contou com uma representação do estilo retrato de modelo Kate Moss, entre pinceladas pesadas e respingos de vermelho, rosa e tinta branca tudo entre um fundo dourado. O pedaço maior, medindo 162,6 x 121,9 centímetros (64 x 48 polegadas), continuou a fascinação do artista com Albert Einstein e contou com o físico histórico, numa frente de um graffiti adornado parede. As obras vendidas para bem acima das estimativas pré-leilão, buscando preços quase 3 vezes maior do que o que foi especulado nas estimativas. Os preços finais para os dois telas eram aproximadamente $ 67.000 e US $ 120.000.


http://www.mrbrainwash.com/
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StreetArt,TrateertS


Instalações, esculturas, adesivos e principalmente o graffiti definem o termo “street art” ou arte urbana. Presentes, na maioria das vezes, em locais incomuns das grandes cidades, as obras do gênero demandam um pouco mais de dedicação e curiosidade do turista comum.

Cidade de São Paulo – O site oficial de turismo da cidade possui um roteiro detalhado, com mapa e destaques para os principais artistas com trabalhos nas ruas de São Paulo.

Street Art Locator – Com a colaboração dos usuários, a página mapeia obras em diversos países. É possível fazer busca por local ou descrição da obra, dentro de sete categorias. O site possui também um aplicativo gratuito para iPhone.

Red Bull Street Art – Além de mapas, a página oferece um passeio virtual com visão em 360 graus, por meio da tecnologia Street View.

Big Art Mob – O site apresenta mapas e passeio virtual também por meio da ferramenta Street View. Além disso, indica as últimas obras acrescentadas pelos usuários e os principais destaques.

Urban Art Guide – Explorando o grande volume de arte de rua de Berlim e Hamburgo, o site traz mapas e aplicativos para as duas cidades, ambos compatíveis com iPhone e Nokia.

Street Art London – Referência em arte urbana, Londres é mapeada por esse site que possui posts detalhados, link para download de aplicativo, além de uma página para reservar tours.

LDN Graffiti – Indicado para quem deseja encontrar obras por conta própria, o site tem galeria de eventos de arte de rua, com endereços das obras e mapas de trabalhos existentes em Londres.

Street Art Belgium – Ideal para quem está de malas prontas ruma à Bélgica, o site identifica obras espalhadas por várias cidades, com os devidos mapas de localização.


Street Art by Eoin in Ireland - A Collection




                                                                                                                                                      HZ /\/\/\ 

Arte Urbana

Arte Urbana, urbanografia ou street art é a expressão que se refere a manifestações artísticas desenvolvidas no espaço público, distinguindo-se da manifestações de caráter institucional ou empresarial, bem como do mero vandalismo.







 A princípio, um movimento underground, a street art foi gradativamente se constituindo como forma do fazer artístico, abrangendo várias modalidades de grafismos - algumas vezes muito ricos em detalhes, que vão do Graffiti ao Estêncil, passando por stickers, cartazes lambe-lambe (também chamados poster-bombs), intervenções, instalações, flash mob, entre outras. São formas de pessoas sozinhas, expressarem os seus sentimentos através de desenhos.
A expressão Arte Urbana surge inicialmente associada aos pré-urbanistas culturalistas como John Ruskin ou William Morris e posteriormente ao urbanismo culturalista de Camillo Sitte e Ebenezer Howard (designação "culturalista" tem o cunho de Françoise Choay). O termo era usado (em sentido lato) para identificar o "refinamento" de determinados traços executados pelos urbanistas ao "desenharem" a cidade.
Da necessidade de flexibilidade no desenhar da cidade surgiu a figura dos planos­­ de gestão. Este facto fez cair em desuso o termo Arte Urbana, ficando a relação entre Arte e cidade confinada durante anos à expressão Arte Pública.

Dada a dificuldade de enquadramento das inscrições murais feitas à revelia das autoridades e proprietários no conceito de arte pública, assiste-se a um ressurgimento da designação de "Arte Urbana" que passou a incluir todo o tipo de expressões criativas no espaço colectivo. Esta designação adquiriu assim um novo significado e pretende identificar a Arte que se faz no contexto Urbano à margem das instituições públicas.
Além do grafite, a Arte Urbana também inclui estátuas vivas, músicos, malabaristas, palhaços e teatros. Poucos veículos são voltados exclusivamente para esse tipo de arte.










                                                                                                                                   
                                                                                                                                           
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Arte,a necessidade da expressão



Uma das necessidades do homem é a de se expressar. Suas idéias, sua forma de ver o mundo, suas emoções, tudo isso pode ser comunicado através da arte. Seja na pintura, escultura, música, arquitetura, artesanato, teatro, cinema, etc. Alguns dos meios artísticos, como a arquitetura e a música, transcenderam os limites do artístico, passando a contar com o auxílio de meios tecnológicos.
Mesmo banalizada pelos ideais comerciais, a arte foi e sempre será o meio de expressão de um povo, de seus costumes, os utensílios utilizados no dia-a-dia, etc. E ela varia de região para região, de povo para povo e em muitos casos, de pessoa para pessoa.
A arte é tão antiga quanto à estadia do homem no planeta. As primeiras expressões artísticas se manifestaram nas pinturas das cavernas, onde o homem morava; nos utensílios utilizados para a casa ou outras finalidades. A arte acompanhou a evolução do homem, evoluindo também. E nesse longo processo, assim como foram se dividindo os povos, mudando para outras localidades, a arte acompanhou, se adaptando as necessidades da região.
A arte é fundamental no mundo atual, pois é através dela que um povo apresenta suas características, sua cultura. As pessoas apresentam suas noções de mundo, suas emoções. E é por isso, por ser tão diversificada que é fascinante.


Fonte:http://www.portaldacultura.com.br/

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Por dentro e ao redor da arte africana

Ao dizermos "artes da África" (no plural), em vez de "arte africana", podemos estar enfatizando: a África tem Arte. Isso de certa forma minimiza o modo como tem sido tratada a produção estética dos africanos até nossos dias: como objeto científico. Sob o lema “conhecer para melhor dominar”, dizia-se que ela servia a “rituais e sacrifícios selvagens” e que era feita apenas de “ídolos toscos e disformes” — de “fetiches”. Mas, se todas as sociedades - antigas ou atuais - têm sua arte, então por que a necessidade dessa ênfase? Antes de mais nada, é importante percebemos é que, mesmo indiscriminada nos depósitos dos museus da Europa, essa - que se convencionou um dia chamar de arte africana - nunca deixou de resplandecer sua vitalidade eloqüente. Apesar da depreciação e preconceito com que foi antes julgada, ela é, hoje, procurada pelos grandes colecionadores e apreciadores internacionais de arte. Além da produção dos artistas modernos e contemporâneos da África (aliás, muito pouco difundidos entre nós) são muitas as artes desse grande continente, entre elas, as chamadas “tradicionais”. É a essas criações, vindas de centenas de culturas que se dá o nome de “arte africana” — como se fosse uma só! Atualmente são reconhecidas suas técnicas milenares, suas formas sofisticadas e suas “mãos-de-artistas”. A recente exposição das obras-primas da África trazida ao Brasil pelo Museu Etnológico de Berlim tentou mostrar que não há máscaras sem música nem dança, e que há um design digno de nota desde tempos imemoriais na África. Pois, de fato, a arte africana é plural e multidimensional. Mas exposição nenhuma jamais poderia recuperar a força das rochas, fontes e matas que abrigavam estátuas, nem o ambiente dos palácios, templos, altares em que se situavam. Formavam conjunto com outras peças e seu entorno: eram arquiteturais e espaciais, porém muitas não podiam ser tocadas, nem ao menos vistas. E daí tirarmos: nem toda produção plástica da África era visual.

A arte africana não é primitiva nem estática. Há peças datadas desde o século V a.C. atestando uma história da arte africana, mesmo que ainda não escrita por palavras. É certo que muitos dados estão irremediavelmente perdidos: objetos foram destruídos, queimados ou fragmentados ao gosto ocidental e moral cristã; ateliês renomados foram extintos e muitas produções interrompidas durante o período colonial na África (1894-c.1960). Mesmo assim, as peças dessa arte africana remanescente “falam” de dentro de si e por si mesmas através de volumes, texturas e materiais; veiculam um discurso estruturado reservado aos anciãos, sábios e sacerdotes. Alguns artistas, como os do Reino de Benim, exerciam função de escriba, descrevendo a história do reino por meio de ícones figurativos em placas de latão que teriam recoberto as pilastras do palácio real.





O desenho de jóias e as texturas entalhadas na superfície de certos objetos da arte africana também constituem uma linguagem gráfica particular. São padrões e modelos sinalizando origem e identidade que aparecem também na arquitetura, na tecelagem ou na arte corporal. A arte africana é multivocal.

Por exemplo, o tratamento do penteado dado a estátuas e estatuetas pelos escultores revela, muitas vezes, o elaborado trançado do cabelo das pessoas, e, mesmo, a prática cultural, em algumas sociedades, da modelagem paulatina do crânio dos que tinham status (caso dos mangbetu, do ex-Congo Belga, atual República Democrática do Congo-RDC). É, para eles, ao mesmo tempo, expressão do belo. Atribuia-se significado até às matérias-primas empregadas na criação estética — elas davam “força” à obra, acrescida, por fim, quando ela ganhava um nome, uma destinação. Tornava-se, então, parte integrante da vida coletiva. Por isso, diz-se que a arte africana é uma "arte funcional".

A arte africana, porém, não é apenas “religiosa” como se diz, mas sobretudo filosófica. A evocação dos mitos nas artes da África é um tributo às origens — ao passado —, com vistas à perpetuação — no futuro — da cultura, da sociedade, do território. E, assim, essas artes “relatam” o tempo transcorrido; tocam no problema da espacialidade e da oralidade.

Muitas esculturas, como a máscara kpelié dos senufo que introduz este site, não é feita apenas para dançar, mas para celebrar mitos. A estatueta feminina que vai no alto do crânio da face esculpida de que se constitui essa máscara, parece estar gestando, prestes a dar à luz a um filho. O interessante é que, em muitos exemplares similares, essa forma superior da máscara kpeliénão é o de uma mulher, mas de um pássaro associado à origem dessa cultura. Ela, assim como outras criações estéticas da África, constela aspectos da existência e do cosmo, ou seja, tudo o que envolve a humanidade — o Homem em sua interioridade sensorial e na sua relação com o mundo ao redor. E nisso, vemos também que a arte africana é dual.

Algumas peças da arte africana, como as impressionantes estátuas “de pregos” dos bakongo, ou as dos basonge (ou ba-songye (ambas sociedades da R.D.Congo), são, na verdade, um conglomerado composto por uma figura humana de madeira e uma parafernália de outros materiais vegetais, minerais e animais. É uma clara alusão à consciência do Homem sobre a magnitude da Natureza e de sua relação intrínseca com ela.

Podemos dizer que vem desse diálogo entre continente-conteúdo, matéria-pensamento, espaço-energia - diálogo que caracteriza a arte na África - o sopro que renova a Arte Mundial.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Maneirismo


MANEIRISMO

Maneirismo vem do Italiano “maniera”, que significa maneira. O termo que é usado para descrever esse movimento artístico – que é tido para tantos como só um “momento de transição” entre outros dois – exprime bem a sua principal característica: representar a modo distinto obras renascentistas, estilizando de modo exagerado seus detalhes.

- Momento histórico.


As principais marcas do Maneirismo, segundos os diversos autores, são bastante variadas, mas centralizam suas causas nas inquietações psicológicas nascidas num momento de grandes transformações na Itália e no mundo ocidental.
O período entre a crise do renascimento, até o início do século XVII foi marcado por uma série de mudanças na Europa, que envolveram os movimentos religiosos reformistas e a consolidação do absolutismo em diversos países. Os principais fatos que influenciaram o desenvolver do Maneirismo foram o Saque de Roma, em 1527, o Concílio de Trento, em 1546 e a Reforma Protestante, de 1527 a 1580.
As guerras que envolveram a Itália e posteriormente a força da Inquisição determinaram um grande êxodo de artistas e intelectuais em direção a outros países, além de causar desequilíbrio político e a descentralização do comercio europeu na Itália.

- Características

Ao contrário do estilo que se antecede, o Renascentista, o Maneirismo não remete á formas perfeitas e não faz alusão ao clássico. Tende a incorporar planos em suas pinturas e muitos personagens em um ambiente arquitetônico (geralmente bem valorizado) consideravelmente pequeno. 

(Michelangelo - "O Juzo Final" - Capela Sistina - Roma - séc. XIV. Muitos personagens e diversos planos)

Como é possível perceber na obra acima, há um certo “carregamento” no que antes era considerado perfeito. E é por essa característica que o Maneirismo foi considerado, durante muito tempo, sinônimo da decadência dos preceitos clássicos e nada mais que um momento de transição entre o Renascimento e o Barroco. 


Outra característica marcante é o “corpo em tensão”. Podemos observar que, tanto na pintura como na escultura, encontramos formas humanas que aparecem extremamente alongadas e as vezes até distorcidas. Os músculos se contorcem de maneira absolutamente impróprias apara os seres humanos.

(Cornelis van Haarlem - "A Queda dos Titãs" - Holanda - século XVI. A obra já apresenta traços do Barroco, como por exemplo, o contraste e a luz)

Na escultura, podemos observar – na maioria das vezes – um conjunto de personagens sobrepostos em poses distorcidas. Há uma grande carga emocional na cena ali retratada.
(“O Rapto da Sabina”, de  Bartolomeo Ammanati. A obra engloba várias caracteristicas maneiristas)


A principal manifestação do maneirismo na arquitetura se dá por meio das igrejas que, agora se apresentam com espaços mais longos que largos e com a cúpula principal sob o transepto, deixando de lado o padrão renascentista (cúpula principal no centro da igreja); além de muitas colunas e planos que se sobrepõem.

(A igreja matriz de Santo Ildefonso, exemplo claro de arquitetura Maneirista)


(Mosteiro dos Jerônimos, outro exemplo de arquitetura Maneirista, localizado em Lisboa, Portugal)


- Principais artistas

NA ARQUITETURA E ESCULTURA

- Barotolomeo Ammanati 

Autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa na Porta del Popolo, a fonte da Piazza della Signoria.  

(Fonte de Netuno - Pizza della Signoria, Florença)
- Giorgio Vasari
Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As Vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura. 
(Palazzo Vecchio)

(Conjunto de pinturas das paredes do Palazzo Vecchio)

- Palladio
O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria se dedicar à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco.



(Villa Capra, dita La Rotonda.)

- Gianbologna
De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. O Rapto das Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse período. Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Netuno. Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.


(A Fonte de Netuno, Bolonha.)

NA PINTURA

- El Greco
Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras. Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana. Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Início com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da corte.
(O sonho de Filipe II)








(O Enterro do Conde de Orgaz)
- Exemplos contemporâneos.

Bad Romance – Lady Gaga
A primeira cena do clipe é uma clara referência à Santa Ceia, quadro renascentista. Aqui podemos ver a intenção da artista em retratar uma obra à sua maneira.

(Gaga retrata a Santa Ceia de um modo diferente, em seu consagrado clipe “Bad Romance)


(“A ultima ceia”, de Tintoretto, pode ter sido o quadro que inspirou a artista na composição de tal cena)


Em outra cenas, percebemos uma caracterização que deixa em evidência as costelas e outros ossos das dançarinas e da própria cantora. Tais cenas remetem à distorção da forma. Os passos de dança lembram também o corpo em tensão.



(As costelas aparecem em evidência e causam sensação de distorção)



(O corpo em tensão é outra característica Maneirista mostrada no clipe)

- Exemplos na publicidade e fotografia.

Representações próprias de clássicos renascentistas: uma caracteristica marcante do Maneirismo.

(Cavalera - Grife)

(Apple/iPhone)

(Lego)

(Série de TV - House)



(Estrelas do rock)

(Star Wars)



(Popeye)

(Tarantino - Diretor de filmes)

(Cena do seriado Os Simpsons)










domingo, 4 de novembro de 2012

Arte Africana




A produção estética dos africanos demorou um pouco para ser reconhecida e devidamente considerada, sofreu bastante preconceito e depreciação. Foi, por muito tempo, avaliada como objeto científico e que servia apenas a rituais e sacrifícios, sendo feita apenas de “ídolos toscos e disformes”.
No entanto, todas as sociedades possuem sua arte. Hoje, a arte africana é procurada por grandes colecionadores e apreciadores de arte, e suas técnicas milenares e formas sofisticadas são devidamente reconhecidas. Porém, o que cada máscara e estátua representava naquele ambiente de rochas, matas, fontes, palácios e templos, isso nunca mais poderá ser recuperado.
Em um primeiro momento, a arte africana representa os costumes das tribos africanas, sendo seu objeto de arte estritamente funcional, desenvolvido para ser utilizado na ligação ao culto dos antepassados e voltado para o espírito religioso. É uma arte fundamentalmente representativa.
Não se considera a arte africana uma arte primitiva. Existem peças datadas desde o século V a.C, mas muitos dados foram perdidos: objetos destruídos, queimados e fragmentados por conta do domínio ocidental e da moral cristã, durante o período colonial da África (1894-1960).
Mesmo assim, objetos que sobreviveram a este contexto contam muito de si mesmos por meio de suas texturas e volumes. São padrões e modelos que identificam sua origem, aparecendo também na arquitetura e na arte corporal. As estátuas revelam, por exemplo, os penteados nos cabelos das pessoas, aquele trançado que os identificava. Algumas delas representam sempre uma figura humanacom alguma parafernália de outro material vegetal, mineral ou animal, aludindo à consciência do Homem sobre a Natureza e sua relação direta com ela.
Os principais produtos artísticos oriundos da África são as máscaras e esculturas em madeira, objetos de forma angulosa, assimétrica e distorcida. Para o povo da sociedade africana, esses objetos eram sagrados, que traziam um espírito ancestral ou da natureza.
As esculturas africanas nada tinham de reais, muito pelo contrário. Formas verticais, tubulares e membros do corpo alongados, eram também consideradas sagradas e acreditava-se que podiam atrair a destruição ou distribuir bênçãos.


As máscaras eram utilizadas em celebrações rituais, intencionalmente não-realistas, pois acreditava-se que quem as utilizasse deveria esconder sua verdadeira identidade atrás deste rosto artificial.



Os pesos de ouro.

Existiu, na África Ocidental, um império chamado Império Ashanti. Foi um Estado pré-colonial que se enriqueceu com o comércio do ouro extraído do seu território. Hoje é a região de Ashanti, em Gana.
A cultura material dos ashanti é conhecida por su.a tradição na produção de figuras de metal, os chamados pesos de ouro, que eram fundidos pelo método da cera perdida. Essas peças não eram de ouro, mas sim de bronze ou latão e serviam como contrapeso para medir o pó de ouro. Tais peças são símbolos desta cultura e fazem parte de uma das produções tradicionais de arte africana.



Influências da Arte Africana:

No Brasil

No contexto do tráfico de escravos, trazidos da África para o Brasil pelos portugueses durante o período colonial e imperial, a arte africana chegou no Brasil. Alguns elementos artísticos africanos fundiram-se com aspectos artísticos e culturais dos indígenas, o que resultou em uma arte afro-brasileira.



Artistas Modernistas

*Pablo Picasso

Por volta de 1905, Pablo Picasso começou a desenvolver este estilo, quando fez uma visita a uma exposição de arte africana , no Museu do Homem de Paris. A independência da tradição europeia que caracteriza esta arte foi o que mais atraiu e inspirou o artista.
A magia que as máscaras carregavam e sua simplificação das formas tornaram-se referência para alguns artistas modernistas e em especial ao Picasso. Influenciado por elas, começou uma nova fase em suas obras, o que alguns estudiosos denominam de protocubismo (antecedente do cubismo).

Esta é uma máscara da cultura Fang, na qual é possível notar a ideia da simplificação das formas, ou seja, apenas elementos necessários para se obter um rosto. Um conceito fundamental, usado no cubismo.
“Senti que eram muito importantes. As máscaras não eram apenas peças esculpidas...eram magia” – Picasso

O quadro “Les Demoiselles d’Avignon” marcou a mudança de estilo de Picasso, nele a influência da arte africana está evidente. Foi o quadro que marcou a transição da fase de influência africana para o Cubismo propriamente dito.




É possível notar nas duas imagens à direita, os rostos semelhantes às máscaras. As cores utilizadas são predominantemente terrosas, forte referência às cores das máscaras africanas.
Nota-se, ainda, a pintura feita em planos irregulares e figuras distorcidas, aludindo às distorções do entalhe africano.


*Outros artistas

Braque, Cézanne e Matisse também experimentaram da cultura africana e a reproduziram em suas obras.


Na publicidade.

- Mc Donald's



O Mc Donald’s utilizou as máscaras africanas para suas propagandas da Copa do Mundo na África.


Além de banners e propaganda de revista, o Mc Donald’s utilizou os animais africanos representados em suas embalagens.


- Greenpeace

Picasso - Guernica


 - Logo Olimpíadas Rio de Janeiro.

A Dança – Matisse


Em Jogos de internet - Jogo Crash

Uma referência da arte africana no cotidiano infantil é no jogo Crash, um game de computador.
A máscara “Aku Aku” utilizada pelo personagem do jogo, é uma representação de máscara africana; ao utilizá-la, o personagem se torna mais forte e imponente, assim como o que a máscara representava para os povos africanos.


- Conclusão:

Para fazer uma leitura das obras africanas, devemos levar em consideração os aspectos culturais, ou seja, analisar o contexto em que a obra foi produzida, a visão de mundo do povo que a produziu, suas características étnicas, antropológicas e históricas. Devemos, ainda, observar os aspectos artísticos, a singularidade estética e visual, bem como as noções do belo e suas regras na composição e estilo.
O “Belo” e o “Feio” não fazem parte das artes africanas no sentido estético exterior. Quanto mais a peça conseguir cumprir o papel para o qual foi produzida, maior será seu valor e grau de beleza.
Mesmo sendo, em um primeiro momento, rejeitada, a arte africana foi reconhecida e inspirou grandes artistas. Foi precursora de novos movimentos artísticos, influenciou culturas, como a brasileira e, atualmente, é referência para diversos aspectos culturais e está presente na mídia, publicidade e entretenimento.


- por Roberta Rodrigues e Carolina Marquesim.